segunda-feira, 11 de outubro de 2010

trabalho 1. Analise da capa da revista

Análise de capa de revista
Yuri R Fernandes
Comunicação Social Noturno 1º Período
Introdução aos estudos da linguagem- Ana Carolina
VEJA edição 2162- 28 de Abril de 2010-06-28
Ajuda Para morrer
Ao observar atentamente a capa da edição da revista Veja de 28 de Abril de 2010, podemos observar diversos pontos que saltam aos nossos olhos por seu caráter semiótico. Em primeira análise a própria capa já é um signo do assunto a ser abordado: A Eutanásia, que é a pratica de abreviar a vida de um enfermo incurável. Desta forma a capa funcionaria como o representamen, a eutanásia como o objeto do signo e a leitura que leitor faz ao ver a capa é o interpretante do signo.
Tal capa é representada pela seguinte imagem: Um fundo preto, uma vela quase acabando provocando uma fumaça branca-azulada que vai cobrindo o resto da capa. Tal capa consegue ter varias nuances e evocar no leitor diversos sentimentos. Isto ocorre por que os qualisignos reinam sobre a capa. O qualisigno faz parte de uma das três tríades de classificação dos signos, de Peirce, e diz respeito a relação do signo com ele próprio. Os quali-signos existem quando o signo se apresenta como qualidade. Vamos aos quali-signos da capa, então: O fundo preto, que envolve sentimentos como medo, morte e tristeza. A forma como a fumaça da vela se dispõe sobre a capa e sua coloração também podem ser considerados quali-signos e dão a capa aquele ar de mistério sobre o que há após a morte. Sin-signo é o signo que apresenta uma existência singular, ou seja ele é um representação concreta. É o caso da vela, que possui uma existência singular na capa. Os legi-signos são aqueles signos que se apresentam segundo as normas que o regem, e é o caso do titulo, que é regido por leis gramaticais da língua portuguesa.
Em relação a segunda tricotomia peirciana, que diz respeito a relação do signo com o seu objeto, achamos na capa um conjunto um pouco complexo. Em primeira análise, por ser uma imagem a capa evidencia o seu caráter icônico. Mas dentro dessa imagem temos a presença dos três tipos de classificação desta tricotomi: ícones, índices e símbolos. Em primeiro lugar, se evidencia uma relação indicial entre a fumaça e a vela, pois há uma conexão física entre elas e tal conexão é bem evidenciada pela capa. A chama da vela provoca a fumaça. No entanto a própria relação indicial entre a vela e a fumaça se mostra de um caráter icônico, pois ela representa uma outra relação. A vela sendo associada a vida, e a fumaça a morte. Quanto mais a vela vai acabando, vai se consumindo vai gerando a morte, sendo esta conseqüência direta do fim da vida, também evidenciada por conexão física. Percebemos que a chama está levemente inclinada para a direita, como se alguém estivesse soprando, tentando apagar a chama (iconicamente, a vida) da pessoa. Tal inclinação pode ser considerada, um outro índice, o índice de alguém tentando apagar a vela e é reforçado pelo titulo da capa “ajuda para morrer). Encontramos também alguns símbolos na capa. A vela, é por lei cultural muitas vezes associada a morte, a velório e a enterro desta forma funcionando como símbolo. O fato dela estar quase no final também é significativo, pois representa o fim da vida.
Também há a terceira tricotomia Peirciana, que diz respeito a relação do signo com o seu interpretante. Em primeiridade há o rema, que seria um signo que se apresenta para o interpretante como possibilidade qualitativa. O principal rema da imagem é a fumaça, que se apresenta apenas como possibilidades. A fumaça não significa apenas fumaça, mas também possibilidade de ser alem da fumaça, daquilo que excede a sua fumacisse. A fumaça não é interpretada apenas como fumaça, mas como uma gama de formas que tem a possibilidades de ser. Em secundidade temos os dicentes. O dicente é o signo que se apresenta de forma concreta para o interprete e a capa como um todo pode ser considerado um signo dicente. Ao ver a capa como um todo, o leitor da revista terá uma opinião concreta, e tal opinião é uma atitude que provem da contemplação de um signo dicente.
Santaella apresenta três paradigmas da imagem, e tais paradigmas são o fotográfico, o pré-fotografico e o pós-fotografico. Tal imagem pode ser enquadrada no paradigma pós fotográfico, por que se trata de uma montagem, e de uma diagramação. Mas trás elementos do fotográfico, e ajuda a produzir sentido através do apelo emocional no leitor, em sensibilizar o leitor perante a situação da morte.

Bibliografia
Revista Veja, Edição 2162 / 28 de abril de 2010. Editora Abril.
SANTAELLA, Lúcia. O que e semiótica. 10. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1992. 84 p. (Coleção primeiros passos103).
SANTAELLA, Lucia.

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